Defender 110 CT98 – Paulo Rocha

(2004) Abril acessórios mil… O projecto Camel vai avançando. Fui visitar a Equiaventur e gastei mais uns Euros em mariquices:

  • Manómetros da VDO: pressão de óleo; pressão de turbo; conta-rotações (e todas as respectivas sondas).
  • Ficou encomendado o voltímetro.
  • Juntei à factura dois Hella 1000 longo-alcance para o tejadilho e dois Hella Comet 550 longo-alcance para o bull-bar.
  • Ficaram encomendados dois Hella 1000 de nevoeiro e a Luz de trabalho (Worklamp) traseira também da Hella.
Frente de Defender Camel Trophy
Frente de Defender Camel Trophy

Hella 1000 Spot e Fog

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Entretanto a 110 fez nova passagem pela oficina da Terraventur, para tentar resolver em definitivo um retentor da roda traseira direita que teimava em babar o disco e respectivas pastilhas de travões. Lá diz o ditado: «À terceira é de vez», e assim foi! Era o retentor interior.

Já que estava com a mão na massa (leia-se massa grafitada), troquei os discos da frente e as pastilhas. Quando digo “troquei”, quero dizer, “o mecânico trocou”. Para que não restem dúvidas do meu conhecimento sobre mecânica… Pelo meio, passei a ter 36 por cento de desconto em peças na Landecar, o que é óptimo quando se tem um devorador de peças (caras) como é o caso dos Land Rover. Resumindo: após ter posto discos e pastilhas novos no eixo de trás em Fevereiro, agora a 110 tem os travões todos novos. Um destes dias tenho de drenar o circuito.

Maio 2004 – Era chegada a altura para marcar a data da pintura. PROBLEMA: onde vou eu desencantar os Euros necessários?!? Será que se puser a 110 no solário a cor branca fica amarela??? 🙂

Junho 2004 – Chegaram os faróis que faltavam. Os Hella 1000 Fog e a Worklamp. Esta última foi uma dor de cabeça para encontrar. O Hernâni da Equiaventur, com o catálogo oficial na mão, demorou a convencer o representante da Hella Portugal que a Worklamp existia sem manípulo. Dois telefonemas mais tarde – e eu já a tremer – lá veio a resposta: «AH! Pois… Esse é um farol para os tractores agrícolas…Pois… Isso quase não se vende, blablabla». Mas vendem! Mais uma vez a Equiaventur demonstrou porque ainda continua neste difícil mercado dos acessórios TT: Disponibilidade, persistência, ponderação (e descontos muito interessantes eheheh).

Suporte Camel Trophy Hella Worklamp
Hella Worklamp

Julho 2004 – O inicio da “metamorfose” da 110. É também o mês da IPO e a minha “pequenina” passou por aquilo de “nariz no ar”, tal era o seu estado de “saúde”. O inspector ainda franziu o sobrolho com os gases de escape. Estava no limite.

Teste de travagem: Devido ao 4X4 permanente o teste é feito com um aparelho que o inspector coloca no chão do veiculo. Depois de calibrado o respectivo, o “signori inspecttori” mete 1ª a fundo e arranca para travar a fundo 20 metros mais à frente. Com aquele chão antiderrapante, os pneus de estrada (Michelin XPC) e o motor kitado, a 110 deu um arranque digno da F1. E o pavilhão da IPO ficou coberto de fumo…. pensei: «Tou tramado… o homem vai descobrir o gato!»… Mas ele fez de conta que tudo aquilo era normal e lá carimbou o “passaporte”. UFA!

O Orçamento da pintura subiu em 1ª baixas, tal foi a subida. O pintor deu-se conta que afinal um Defender tem muita coisa para desmontar e muito interior para pintar. Lá se foram uma série de acessórios, que queria comprar ainda em 2004. Mas antes que surgissem mais surpresas, fui à Líderpneus em Rio de Mouro para meter quatro BFGoodrich 235/85R16 (é a medida que vem no livrete e dizem os entendidos que é o melhor compromisso para as transmissões dos Defender). Bom, pelo menos já tenho pneus para atascar 5 metros mais à frente e mais fundo…

Confesso que isto da pintura parecia um sonho longínquo, mas… No dia 22 de Julho a Def110 entrava na oficina do Toni para ser despida, tratada e PINTADA. No entanto a pintura propriamente dita, seria efectuada noutra oficina que dispõe de estufa.

«Tenho uma lágrima no canto do olho» canta um angolano. Foi assim que me senti. 😉

No dia seguinte (23/07): Objectivo DGV. Fui à Loja do Cidadão nas Laranjeiras. Mas ali não tratam de alteração de cor. Rumei à sede da DGV (frente à antiga Feira Popular de Lisboa). Quando cheguei tirei a senha 520. Estavam a atender o cliente 302 (!). Mas aquilo até funciona rápido…2 horas e 5 minutos mais tarde estava atendido (é só fazer a média por pessoa). Quando o livrete chegar a casa, já dirá Amarelo. Ainda tentei meter lá o SandGlow, mas não foram na conversa.

Na semana seguinte fui espreitar a evolução do projecto. Na minha cabeça já tinha imaginado a imagem da 110 toda desmontada. Mas quando cheguei à oficina fiquei com um nó na garganta:

«O que eles fizeram à minha menina!!!!»

Pintura Defender 110 Pintura Defender 110 Pintura Defender 110 No comment!

02 Agosto 2004 – A “tourada” está instalada. O pintor (não o Toni, mas o outro ) diz que a tinta não existe. Que não há no catálogo da Dupont, etc… Sinceramente já estava há espera que isto acontecesse. Daí ter-lhe dado 4 ou 5 referências da tinta SandGlow. Fui lá falar com o homem e expliquei que devia haver algum equívoco no software. Não o convenci! Peguei em mim e fui novamente à Robbialac a Alvalade (COF,COF). Claro que estava tudo correcto! Já que lá estava, mandei fazer uma lata de spray com a tinta correcta (para tirar as teimas) e já pintei a DEF110.

Pois… pintei a Defender 110 mas na escala 1/43. Decidi fazer outra réplica do Camel desta feita em tamanho reduzido. Desmontei a carroçaria de uma miniatura que me tinham oferecido e dei-lhe umas “gazadas” com o spray. Pelo menos já tenho uma Defender 110 na cor verdadeira do Camel !!! (tou a ficar malukinho…)

Sandglow 1/43
Sandglow 1/43

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