Para celebrar o seu 5º aniversário, o Camel Trophy retornou às origens, voltando a visitar a floresta Amazónica. Esta foi a edição com mais participantes, até à data, contando com 12 equipas, cada uma com dois elementos, em representação de 6 países.
O veículo escolhido para este ano, para transportar tanto os participantes como as equipas de apoio, foi o Land Rover One Ten, modelo sucessor do Série III e que daria origem ao que é hoje conhecido como Defender.
O percurso iria retomar a célebre “Auto-estrada das Lágrimas”, no ponto onde a edição de 1980 terminou: Santarém. Seguiria até Manaus, capital do estado do Amazonas, localizada junto à confluência do Rio Negro com o Rio Amazonas.
Devido a uma temporada particularmente chuvosa nesse ano, o percurso inicial foi impossível de efectuar, tendo sido necessário encontrar um caminho alternativo. Mas mesmo este revelou-se bastante exigente, obrigando os One Ten e os seus passageiros a atravessarem extensas áreas de lama.
Por três vezes, o andamento da caravana foi interrompido devido a pontes destruídas ou danificadas. Em todas elas, a distância entre as margens era superior a 12 metros, o que obrigou a muito esforço da parte das equipas, para conseguirem atravessar o rio.
Além das dificuldades do terreno, houve outras às quais era preciso dar resposta. A organização decidiu que, nesta edição, deveriam ser os participantes a reparar os possíveis problemas mecânicos que atingissem os seus veículos, ao contrário das edições anteriores, em que podiam contar com a ajuda de mecânicos especializados, que pertenciam às equipas de apoio. Assim, foram várias as equipas que se atrasaram algumas horas, mas acabavam por conseguir sempre alcançar a caravana.
O aspecto competitivo da prova manteve-se presente, com 12 provas especiais que obrigavam as equipas a aplicar destreza física, inteligência e velocidade. O desejo de ficarem bem classificados, levou a que alguns participantes cometessem erros, pagos bem caro. Foi o caso de uma das equipas belgas, cujo veículo caiu de uma ponte, quando estava a ser atravessada a uma velocidade elevada. Também uma das equipas espanholas viu o seu One Ten danificado, quando embateram contra uma árvore, numa das provas especiais.
No final, pela segunda vez em três anos, uma equipa Italiana venceu o Camel Trophy, tendo o troféu “Espírito Camel Trophy”, escolhido através de votação pelas restantes equipas e organização, sido atribuído à equipa Alemã constituída por Volker Lapp e Ulrich Schum.
Resumo da edição
Veículos dos participantes: Land Rover One Ten
Veículos de apoio: Land Rover One Ten
Distância percorrida: 900km
Equipas:
Bélgica 1 – Polydore Stevens / Jan van der Elst
Bélgica 2 – Marc Thomson / Christian Allesbosh
Alemanha 1 – Volker Lapp / Ulrich Schum (Camel Trophy Spirit Award)
Alemanha 2 – Wolfgang Gegg / Hermann Matula
Holanda 1 – Dick Haaksma / Age Krug
Holanda 2 – Michel Dagevos / Kees Vermeer
Itália 1 – Maurizio Lavi / Alfredo Redaelli (vencedores)
Itália 2 – Giancarlo Barocelli / Sandro Damiani
Espanha 1 – Alvaro Dominguez Coig / Alfonso Lerma Amezaga
Espanha 2 – Jose J Moreno Zalve / Armando Sosa Matos
Suíça 1 – Beat Studer / Othmar Wirth
Suíça 2 – Philippe Martin / Richard Moser
(conteúdo baseado em dados fornecidos por: Camel Trophy Owners Club e CamelTrophy.es)